terça-feira, 25 de outubro de 2011

A CONSCIÊNCIA HIPERTROFIADA


Dorme no pesadelo a civilização
Animada por drogas e outras panacéias metafísicas artificiais
Forjados na mídia para o controle das massas...

...Catapultas sublevam meu ser
Eleva-se ele (o meu ser)
Ao paroxismo de um conceito metafísico
Eu, andarilho em tédio
Divago por estas suntuosas florestas de concreto inanimado...
Ora sentido-me grande
Mais das vezes sentido-me inútil e vil
Niilismo passivo e ativo
Atravessam-me feito flexas
Pelo olho do furacão que desce garganta a dentro
Me transformando num monstro de inércia...

Todos os delírios e contradições
Passeiam-me sempiternas e insondáveis eras...
Como o palhaço de si mesmo, é o outro que ri
Riso convulsivo, sarcástico e sádico como são todos os risos...

A megalomania esta para os conceitos
Como a vileza para as ações.
Nós, os criteriosos senhores feudais da ciência
Agrimensores rigorosos da verdade
Em todo o esplendor egoísta e solipicista
Que exige nossa arte
Orgulhosos de si e indiferente como o solista
Da grandiloquente sinfonia em seu majestoso ocaso...

A tarde cai regurgitando luzes cinzas
Numa profusão de tédio panorâmico ao pôr do sol
a noite desprende-se do firmamento
Tomba sobre o globo
Onde dorme no pesadelo a civilização
Hipocondríaca e narcisista
Com sua exagerada subjetividade de introvisão unilateral.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

AO CAMARADA TEGUINHA

AS VEZES A HUMANIDADE SE ATORMENTA COM MEU TORMENTO
È QUE O TORPOR COMUNICADO EM CALADOS GESTOS
SEM QUERER GANHA ARES E VALOR DE UNIVERSALIDADE
O PECADO ME ENVOLVE E EU DIGO SIN AO PECADO
MANTO QUE ADORNA MEU EGO E MINHA CARNE ICONOCLASTA
E EIS QUE QUIETO EM ENTREGO AOS AFETOS
NO FETO IMANENTE DE SPINOZA.

TRIBUTO CARNAL PARA EROS

Eu tenho amores virtuais e triviais
Em zigue-zague no meu inferno astral
Amores de outros carnavais
Onde as cinzas se materializam
Na fênix das carnais reminiscências
É com veneno letal que brindo aos amores
Que assim como as dores perpassam-me
Como fenômenos na sensação
Me confundindo e me consumindo
Sou suscetível aos vícios
E como o amor é o maior de todos
O mais líquido e etílico e de todos o mais selvagem
Em que lívido eu me embriago
Numa pepétua e sempiterna celebração
Dionisíaca celebração em louvor a eros.