terça-feira, 21 de junho de 2011

DELIRIUM TREMENS

- DELIRIUM TREMENS -

Trago a minha alma pendurada
Tumultuando meu universo interior
Num emaranhado de frangalhos de aço
Num labirinto de lâminas cortantes
Em meus pulsos a marca do suicídio mal fadado
O punho de aço no pandeiro sorumbático
A embalar o ritmo de todos os carnavais
Do meu coração folião em tédio...
Imagens grotescas do delirium
Dostoiévski fuzilado
Minhas mão trêmulas e gritos de horror
Diante do cadáver de Edward munch
Frances Bacon artista autônomo
Pintando auto-retratos
Nas praças ocultas do meu ser convulsivo
Adão sucumbido pela carne
Traumas... minhas chagas do passado desembarcando
Em mim feito passageiros em terminais lotados
Minhas chagas do passado
Procriam-se em meu cérebro e me devoram
Feito piranhas e helmintos no santuário da carne.
Eu me interdito num tédio sem par
Perambulando nas ruas vazia de meu ser inquieto.

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