- O TEATRO INTERIOR DO DELÍRIO -
Atravessa a noite no delírio cósmico da criação
O poeta rega no escuro seus devaneios seus sonhos
Beija-lhes a fronte canta um fado
Para embalar o sono do verso
Criança traquina que teima em aparecer em horas impróprias
A noite urge dentro do poeta
O grande teatro noturno da criação e do delírio
Abre suas cortinas de fantasias fantasmagóricas
Espelhos de espectadores atores
Tumultuam isso que nós convencionalmente chamamos de eu
Impuro o desejo do poeta quer sempre apossar-se
Destruir conquistar e reconstruir
E a todo agrande desejo a afirmação é sempre uma prerrogativa
Um imperativo categórico mais decente
Um barro mais nobre é aqui modelado
Por entre a agonia e o sublime.
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