terça-feira, 21 de junho de 2011

O TEATRO INTERIOR DO DELÍRIO

- O TEATRO INTERIOR DO DELÍRIO -

Atravessa a noite no delírio cósmico da criação

O poeta rega no escuro seus devaneios seus sonhos

Beija-lhes a fronte canta um fado

Para embalar o sono do verso

Criança traquina que teima em aparecer em horas impróprias

A noite urge dentro do poeta

O grande teatro noturno da criação e do delírio

Abre suas cortinas de fantasias fantasmagóricas

Espelhos de espectadores atores

Tumultuam isso que nós convencionalmente chamamos de eu

Impuro o desejo do poeta quer sempre apossar-se

Destruir conquistar e reconstruir

E a todo agrande desejo a afirmação é sempre uma prerrogativa

Um imperativo categórico mais decente

Um barro mais nobre é aqui modelado

Por entre a agonia e o sublime.

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