- METÁFORA DE UM CAOS SILENCIOSO -
Pôr do sol da alma caída do sonho vão da vida
Jaz inerte a esperança nessa estrada sem saída
Por esse túnel sem luz
(Trafegar as escuras é preciso)
Um pôr de sol de fim de tarde
Vermelho crepúsculo
Arde o sol diáfano da alma
Mar e sol
Areia esvai-se a vida na palma da mão.
Tal como a vejo tal como a desejo
Tal como a idealizo vida
Daí-me trégua...
Léguas e léguas percorridas
Nessa correria que és tú vida.
Leva a água por suas vagas incertas
Na correnteza da sede do saber
Entre as torrentes arrebatadoras das paixões humanas
Leva o meu barquinho de papel jornal
Nenhuma pretensão de nau...
Navegar talvez
naufragar certamente
Num pôr de sol de águas profundas
A enterrar-se em águas claras
Que espelha o radiante sol
Centelha panorâmica da paisagem sul real
Desses versos loucos
A descrever a metáfora de um caos silencioso
Inerte prenhe-mente em mim
emergido de minhas profundezas
Como um monstro submarino.
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