terça-feira, 21 de junho de 2011

INSÂNIA

- INSÂNIA -

Tomba a noite sempiterno tédio familiar
Hospício desce sobre mim a realidade
E todo movimento caótico do cosmo
A praga heraclitiana silencia
O rio que não entramos
O ser que nunca somos os mesmos em momento algum
Episteme impossível panta rei-inércia
Monismo ou múltiplos princípios
Eternos retornos me perseguem ad infinitum
Enquanto isso Nietzsche ao meu lado dançando e sorrindo
No seu bailar filosófico cambaleante
Conta em meu ouvido piadas sobre todos os filósofos sérios
E eu que não sou filósofo sério
Mas poeta louco e maldito
Me regozijo por ter sido expulso da república de Platão.

Barbalha, 2009.

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